sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
os 10 mandamentos para 2011.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
strange among humans (IV)
Ela - A sério? Mas ninguém se chateou muito?
Ele - Acho que os familiares do morto não gostaram muito.
Ela - *risos* É normal!
Ele - Pois, eu também não gostaria que um puto bêbedo mijasse para o caixão que estava prestes a entrar na carrinha funerária, enquanto cantava lady gaga.»
(isto é só para mudar um pouco o tom desta coisa que isto andava deprimente, no mínimo)
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
telegrama a uma mãe (hipotética).
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
keep me warm in the night, will you?
'Cause I don't love anybody, that stuff is just a waste of time.
I come and go through peoples love-lives.
Your place or mine?
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
adoro estas novidades.
Adoro, adoro, adoro. É tão adorável que isto seja dito noutras faculdades que até me babo de satisfação.
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
lá te espero
sábado, 13 de novembro de 2010
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
se eu pudesse pedir um só desejo,
Mas tudo isto só por um dia. Acho que, depois disso, cansava-me.
para recordar (XVII)
Ele - Porquê? Caías da cama?
Eu - Também. Mas com uma cama encostada à parede posso acumular lá livros, roupa e outra porcaria.
Ele - E arrumares?
Eu - Não. Acabo por me agarrar aos livros e à roupa e penso que estou a dormir acompanhado. Passo melhor as noites assim.
(isto foi simplesmente triste)
terça-feira, 9 de novembro de 2010
hoje estou-me a lembrar de ti,
verdade ou consequência?
ela ditou a consequência.
happy without you, oh.
We go on
Heart beats strong
Still whole
Unbroken
As we divide
Our love goodbye
Thanks for, the time
Time of my life
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
no mundo dos táxis (XII)
Eu - Boa noite. É para a Margem Sul.
Taxista - Certo. Mais concretamente para onde?
Eu - Corroios. Mas depois eu indico-lhe o caminho, não se preocupe.
Taxista - Ah, mas eu conheço essa zona.
Eu - Ai sim? Então?
Taxista - Eu moro no Laranjeiro.
Eu - A sério? Então é perto de onde eu moro. Vou para o Miratejo. Então e se não for indiscriminação, por que trabalha em Lisboa? Rende mais?
Taxista - Eu antigamente morava em Lisboa.
Eu (*marlon a sentir-se confuso, tendo em conta que, bom, miratejo é uma zona um tanto ou quanto, vá, perigosa e, erm, horrível de se morar*) - Ah, compreendo... Então mas há quanto tempo se mudou?
Taxista - Há 4 anos.
Eu (*cada vez mais confuso*) - Ah... vejo. E antes morava onde?
Taxista - No Marquês do Pombal.
(Ponto de ordem à mesa: trocar o Marquês pelo Laranjeiro é como, vá, trocar um condomínimo privado em Telheiras com piscina, spa, e um jardinzinho zen com bambú e uma cascata na sala por uma casa ranhosa na Cova da Moura cuja única janela dá para uma ETAR)
Eu (*estupidamente confuso*) - Erm... certo. Mas, acha que fez uma boa escolha?
Taxista - É a casa dos meus sonhos! Sou muito mais feliz ali.
(Segundo ponto: Ninguém é feliz no Laranjeiro. Isto é o mesmo que dizer que o objectivo de vida de uma pessoa é ter a lua-de-mal no Cacém, ou ganhar o passe social da Carris num qualquer concurso televiso, ou ter o curso técnico-profissional intensivo de remoção de terras, aka, coveiro)
Eu - Mas então mora numa boa zona do Laranjeiro, certo? Tipo perto do Oásis ou isso?
Taxista - Moro sim. Mas é mais lá para baixo.
Eu (*fica desconfiado*) - Então onde é que é?
Taxista - Na rua da Escola Secundária, na Praceta do Minipreço.
(Terceiro ponto: Oh amigo, ninguém diz que a sua casa de sonho fica do outro lado da rua do início do bairro do Miratejo Cutelinho - e, não, o nome não provém do acaso da existência de uma loja fundada em 1800 e troca o passo, por uma família de alta burguesia com um apelido chique tipo Mello de Vasconcellos, que fabricava facas de renome internacional em porcelana -, que é, vá, um dos três piores bairros da área metropolitana de Lisboa segundo a Visão, tendo uma taxa de criminalidade per capita superior à da Quinta da Fonte, Cova da Moura, Buraca, Damaia, etc.)
Eu (*apavorado*) - Erm... E, erm, se me permite, não tem medo de viver ali?
Taxista: Medo? Mas medo porquê? Aquilo é tão pacífico!
(Quarto ponto: Claro! Então mas os sons dos tiros são na realidade, erm, fogo de artifício para celebrar a liberdade. E os carros de intervenção da polícia são carrocéis. E tudo aquilo é um circo! - lá que existem lá uns quantos cavalos e outros tantos camelos, existem)
Eu - Olhe, não é essa a percepção que tenho. Aliás, eu se fosse a si nem saía de casa quando o Sol se pusesse. Aquilo ali até tem, vá, alguma criminalidade.
Taxista - Olhe, nunca tive nenhuns problemas. Costumo sair, muitas vezes durante a noite para ir àquela pastelaria no Miratejo...
Eu - ... a Bela?
Taxista - Sim, essa mesmo.
Eu - Mas a pastelaria fecha tão tarde!
Taxista - Sim, mas eu normalmente só venho para casa por volta da uma/duas da madrugada.
Eu (*estupefacto*) - ... a pé?!
Taxista - Claro!
(Quinto ponto: Já percebi! Das duas uma: ou o senhor tem um fedor indiscritível que afasta mitras, basofes, chungas e ladrões e gatunos nas suas variantes feudais, ou então move-se a mircro-peidinhos como o Super-Homem o que lhe permite uma velocidade supersónica, invisível ao olhar humano. Qualquer uma destas hipóteses será sempre mais plausível que andar às 2 da manhã sozinho pelo Miratejo Cutelinho há 4 anos e ainda não ter sido na melhor das hipóteses, vá, estropiado)
Eu - Pois, compreendo. O que realmente me chateia no Miratejo (*oh para mim a ser irónico*) são as baratas. Também não tem o mesmo problema no Laranjeiro?
Taxista - Existem baratas no Miratejo?
Eu - Oh amigo, isso agora já é gozar comigo. Então elas são às dezenas na rua! Uma vez, ao pé da casa de um amigo meu, num raio de, vá, 10 metros e em menos de 5 minutos matei eu 23!
Taxista - Ah, mas eu nunca vi uma única barata em Miratejo.»
Conclusão: Tudo isto faz sentido! Sendo o Miratejo Cutelinho uma das maiores zonas de tráfico de droga do país (a par com cortarem pessoas em 7 pedaços e as atirarem para o lodo no moinho de maré - true story!) o senhor, na realidade, nunca saía à noite para ir à Pastelaria Bela. Ora, atravessava a rua, metia cavalo na veia (e aqui se entende a parte do Circo da coisa) e tudo aquilo parecia maravilhoso e adorável. Ou isso, ou o senhor é do Partido Comunista e finalmente descobriu o prado verdejante do Comunismo, em que borboletas voam e as flores irradiam beleza todo o ano (algo à Música no Coração), e chama-lhe Laranjeiro e, nitidamente, não é o mesmo que faz fronteira com o bairro em que vivo.
baby did you forget to take your meds?
Reacção natural: gritam histericamente. Contra-reacção natural do coelho: olha para vocês com um olhar maléfico e dirige-se para os vossos excelsos cadáveres putrefactos de gripe. Contra-contra-reacção vossa: escondem-se debaixo dos lençóis. Contra-(ok, vocês já perceberam)-reacção do coelho: fica especado ao pé de vocês, até ao momento em que tiram os lençóis, gritam mais um pouco e recebem uma chapada do coelho. Atiram com um candeeiro. Percebem que afinal é a vossa mãe com paracetamol. Desatam a chorar (e nesta altura não percebem muito bem se é do alívio de, afinal, não estarem mortos e/ou loucos ou pelo simples facto de ela vos ter trazido paracetamol).
Mum, I truly love you. Really.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
hoje tive 40º de febre
1 - O mistério da vida é alcançável quando se tem uma febre tão grande;
2 - Brufen não cura tudo;
3 - Fumar já não me dá prazer. Vou deixar de fumar.
Tudo isto, claro, pode ser uma consequência de ter fritado a pipoca.
domingo, 29 de agosto de 2010
once i had a dream (II)
Cena 1 - Tudo começou com uma viagem até um sítio que não conheço conjuntamente com a I. O sítio em questão ficava não muito longe de minha casa no Norte do país. Dormimos numa coisa que pareciam umas paragens de autocarro (mas ligeiramente ao género de barracas) porque ficámos sem dinheiro. Entretanto, no dia seguinte aventurámo-nos pela cidade (?) e decobrimos que ela continuava para lá de um vale. Não chegámos a ir. Pelo caminho encontrámos uma senhora de etnia chinesa já com uma certa idade que era na realidade uma chula de prostitutos/as. Eu e a I. acabámos por nos dar muito bem com ela e com mais três outras raparigas que trabalhavam para ela e fomos a um bar. Bebemos cerveja no canto do bar, com a senhora a pagar-nos a todos, como se não fizessemos outra coisa no mundo. O banco era no canto do bar e era particularmente estranho. Caí para o lado de bêbedo.
Cena 2 - Acordei e estava em casa. A minha mãe mandou-me ir passear a cadela. Fui passeá-la, acompanhado pelo F. que era, supostamente, meu namorado. A zona era estranhíssima, num cenário que parecia ser o Miratejo, misturado com algo que parecia Sete Rios na zona das Twin Towers. Acabei por passeá-la e o F. foi para minha casa mais cedo. Eu estava a dirigir-me à porta de entrada, mas parei um pouco pelo caminho, enquanto descia uma escadaria, porque um casal estava a fazer piadas sobre política. Ri-me um pouco, de tal forma que caí da escadaria. Entretanto, quando me dirigia à entrada, um rapaz, de etnia afro-chinesa (isto pode parecer racismo, mas isto tem tudo um ponto no sonho, prometo!), colocou-me uma pistola à frente dos olhos e pediu-me para passar tudo o que tinha nos bolsos. Eu menti e passei somente o telemóvel nokia 5130 porque sabia que ia ter um brevemente.
Cena 3 - Estava em casa e recebi uma mensagem a dizer “Desculpa tudo isto, mas obrigado pelo telemóvel” no meu 91 e como remetente o meu 96. Percebi que era o ladrão. Perguntei-lhe o nome e chamava-se Ji Hintao (how cliche!). Disse-lhe também que estava um pouco chateado porque nem tinha retirado o cartão SIM e porque nunca tinha sido assaltado (nota: nesta altura a acção centrava-se não em mim, mas no Ji Hintao, enquanto se via o dito cujo a conduzir uma carrinha negra). Deixámos de falar.
Cena 4 - Entretanto, em casa, os meus pais, conjuntamente com o F. que lá estava, a I. e o C., deicidiram ir à rua, depois de ouvirem uma algazarra. Eu fiquei no hall de entrada do prédio, depois de ter percebido que era o Ji Hintao que estava na rua a armar sarilhos. Corri para o meu apartamento, dizendo a todos que aquilo era perigoso. Só me seguiram o C., a I. e o F. Fui à janela e vi o Ji. Com medo, atirei-me para o lado, caindo em cima do C. Este, completamente embaraçado com a situação, decide ir procurar os meus pais. Sai porta fora. Passados uns bons minutos e preocupado com a ausência de todos, ligo o telejornal. Percebi que os três tinham sido raptados e estavam no topo de um telhado.
Cena 5 - Estou no telhado e vou tentar salvá-los. Pego numa semi-automática, parecida com uma pistola-metralhadora, e começo a dispará-la. Percebo que ela está com poucas munições. Entretanto, o Ji atira-me com uma granada que me queima o braço. Consigo desviar a granada, mas quando está no ar explode e acaba por matar o C. e os meus pais. Acabo por matar o Ji e tirar-lhe o telemóvel do bolso. Desmaio.
Cena 6 - Acordo, outra vez, na mesma paragem de autocarro/barraca, ao lado da I. conjuntamente com as outras três raparigas. Levanto-me, com uma ressaca enorme, pensando que tudo tinha sido um sonho. Começo a relatar tudo à I. que me diz que aquilo não era um sonho, mas sim a realidade e que, todos os dias, tenho acordado sempre a achar que tudo tinha sido imaginado. Aparentemente tanto eu como a I. tínhamo-nos tornado prostitutos da senhora velhinha de etnia chinesa. Olho para o meu telemóvel e tenho uma imagem do Ji Hintao como screen saver e que, em rodapé, dizia algo como “Glorioso Benfica” (?). Começa então um diálogo fenomenal, muito a la Kill Bill:
«Ela – Como estás com esta situação toda?
Eu – Mal. Não acredito que isto aconteceu.
Ela – Bom, acabaste por matar o Ji. Ele acabou por não ter o que queria.
Eu – Achas mesmo? Eu fiquei sem algumas das pessoas que mais gosto. Não, o Ji ganhou. Ele teve exactamente o que ele queria. Se ao menos a arma tivesse funcionado... (*levanto-me e começo a andar*)
Ela – Onde vais?
Eu – Vou-me embora. Estou farto disto. (*ao longe vê-se a velhota a sorrir*)
Ela – E para onde vais?
Eu – Não sei, mas quero ir para uma cidade.
Ela – Fica aqui comigo.
Eu – Não, preciso de uns tempos para mim. Um dia destes volto, prometo.»
E terminou comigo a andar por um caminho de cabras passando pelas paragens de autocarro/barracas, enquanto tocava música tradicional chinesa.Vem aí saga, cheiro.
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
strange among humans (III)
Ela 1 - Ai, como eu te compreendo. Às vezes parece bacalhau.
Ela 2 - Devido ao cheiro?
Ela 1 - Não! Eu cá não sofro disso. Referia-me ao facto de ficar seca como um e depois parecer que está cheio de sal.
Ela 2 - Ai credo. Já pensaste em pôr um creme aí?
Ela 1 - Já sim. Da última vez que o fiz infectou e parecia um vulcão.
Ela 2 - Ficou com algum alto?
Ela 1 - Não não, simplesmente deitou pus como se não existisse mais nada.
Ela 2 - Eu sei o que isso é. Houve uma vez que ficou de tal forma infectada que, para além de sangrar imenso quando carregava, começou a perder pele e tudo.
Ela 1 - Sim, eu sei. E o pior é que teima em não parar de crescer. Se isto não fica mais pequeno eu ainda vou ter problemas. Já nem dá para limpar com papel quando começa a sair líquido. Tenho que usar toalhetes dos dodot.
Ela 2 - Ai que horror! E o teu marido que pensa disso? O pobre coitado não fica com problemas em não te tocar?
Ela 1 - Ele? Coitado. Sabes bem que o meu $%"#%" sempre gostou de me tocar durante a noite, quando está na cama. Agora, como não me pode tocar na parte da frente usa a de trás.
Ela 2 - Como é que ele faz isso?
Ela 1 - Ora, não é preciso ser-se nenhum génio. Basta ele...
Eu (interrompendo, já depois de estar com uma cara de nojo e verde de vómito) - ...OH MEU DEUS! QUE NOJO!!! JÁ NÃO CONSIGO OUVIR MAIS!
Ela 1 (enquanto eu me afasto para longe) - Oh menino, não é preciso ter tanto nojo. Até parece que nunca deve ter tido uma borbulha daquelas horríveis no peito.
no mundo dos táxis (XI)
Taxista - Com certeza.
(...)
Eu (repetindo baixinho para si próprio) - Esterno-cleido-mastoideu, trapézio, deltóide, grande peitoral...
Taxista (interrompendo) - Desculpe, que está a fazer?
Eu - Estou a estudar anatomia dos músculos. Como lhe disse, vou ter um exame.
Taxista - Mas é médico?
Eu - Não amigo. Como já disse umas quantas vezes vou ter exame. Na realidade estou no 1º ano de Ciências Farmacêuticas.
Taxista - E é bom nisso?
Eu - Neste tipo de matérias, sim. Há outras que nem por isso.
Taxista - Ah. Compreendo. E acha que tem qualificação para fazer diagnósticos?
Eu - Bom, se eu vier a trabalhar numa farmácia terei que os fazer diariamente.
(taxista pára o carro bruscamente no meio da Avenida das Forças Armadas e estaciona no passeio.)
Taxista (enquanto sai do carro, abre a porta dos passageiros e se senta ao meu lado) - Então, desculpe, mas podia ver o meu joelho? É que eu ando com umas dores há umas semanas que nem lhe conto.
considerações gerais sobre a vida (V)
1 - Dos 5 kilos que engordei em Lamego já consegui fazer desaparecer 3. Aparentemente uma dieta é sempre bem-vinda. (nota: não tentar isto em casa. A dieta normalmente inclui não comer nada. Ok, minto, costumo beber um copo de leite de manhã, dois cafés durante o dia e como um yogurt à noite. Pelo meio fumo que nem um cão)
2 - Tenho de deixar de beber vinho como quem bebe água. Estou um pouco com medo que todos os mosquitos que me andam a morder este Verão dêem entrada na Clínica Betty Ford.
3 - Vou ter um mês absolutamente assustador em Setembro. Depois disto, fumar 20 cigarros por dia vai parecer uma brincadeira de bebés.
4 - Ando a ter cada vez mais pesadelos com a S. imaginando-a a decepar-me a cabeça por ainda não lhe ter entregue o artigo.
5 - Adorei que o C. me tivesse trazido ao sítio onde moro enquanto gritava histericamente "É aqui que vou encontrar os basofes? ESTÁ ALI UM! Se vieres para cima de mim eu juro que arranco a fundo.", ou então "Eu estou em bairros sociais! Querem o carro é? Não seja por isso, fiquem com ele!". Priceless, simply priceless.
6 - A ideia de comprar casa está mesmo a maturar na minha cabeça. Claro que para isso preciso de um emprego. E um fiador. E um empréstimo bancário. E uma casa barata no centro de Lisboa... Olá mamã?
7 - Por falar em mamã, estou farto de lhe dizer que não me traga leite quente à cama quando o objectivo dela é acordar-me, depois de dormir 4/5 horas. Normalmente concretiza-se a ideia contrária, acabando por voltar a adormecer passados escassos segundos.
8 - Por falar em adormecer, finalmente arrumei o quarto. Sinto-me feliz. Bom, na realidade as dores nas costas impedem-me de estar maravilhosamente contente e, para ser sincero, só arrumei a cama, a mesa de cabeceira, a cadeira que estava coberta de roupa, o chão que estava cheio de edredons e o puff que já não se via há alguns meses. Mas, mas, mas, em defesa da minha pessoa, eu arranjei, finalmente, móvel para a televisão! Acabei por pôr a porcaria toda que estava espalhada pelos outros sítios na secretária o que impossibilitou um pouco o meu local de trabalho ao ter tralha com um metro de altura.
9 - Descobri que me delicio em adormecer com a ventoinha ligada. Descobri, também, que no dia seguinte acordo com amigdalites. Ao fim de duas semanas e 14 respectivas mini-amigdalites que só passavam com Maxilase, descobri uma função na ventoinha chamada temporizador.
10 - No outro dia tentei arranjar os estores (finalmente!) que cairam em Novembro de 2009 e que já aqui falei. Acho que cheguei à conclusão que não resultou muito bem quando levei com parte dos estores na cabeça. É desta que engulo o orgulho e chamo finalmente alguém que perceba disto e não tente prender fitas de estores martelando pioneses. E, sim, eu tentei fazer isto.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
no mundo dos táxis - explicação.
1 - A técnica para me lembrar é simples: basta andar constantemente com um papel e uma caneta e, assim que saio no destino que quero, começo a escrever como se não houvesse amanhã e a tentar lembrar-me de tudo. Claro que há coisas que, entretanto, por via da memória, ficam ligeiramente adulteradas, especialmente certas palavras/expressões que foram utilizadas. Mas a ideia fica presente e, na realidade, tendo em conta que até me considero uma pessoa com uma óptima memória, pouco ou nada fica modificado;
2 - Não, não invento histórias. Claro que tudo isto não se passou em dois ou três meses. Tal como expliquei inicialmente, quando dei início à crónica, eu comecei-a porque eu costumava contar estas histórias a pessoas que conhecia e achavam interessante. Não tenho qualquer objectivo em inventar seja o que for. Se algum dia tiver popularidade, que seja pelo trabalho que desenvolvo e não por histórias de taxistas. Além disso, quem me conhece pessoalmente, sabe bem o quão este tipo de coisas é natural acontecerem-me.
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
engordei 5 kg enquanto estive em Lamego,
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
no mundo dos táxis (X)
Taxista - Bom dia para si também!
Eu - Ai, desculpe, mas estou a ter um dia terrível e estou altamente stressado com o trabalho. Bom dia e espero que o trabalho lhe esteja a correr bem.
Taxista - Ah, mas olhe que o stress faz mal.
Eu - Eu sei, mas acho que também não conseguia viver de outra forma.
Taxista - Gosta de trabalhar?
Eu - Pode-se dizer que sim. Sabe, quando temos paixão numa coisa dedicamo-nos a ela a 100%.
Taxista - Pois, eu compreendo perfeitamente.
(...)
Taxista - Desculpe, mas eu tenho que lhe fazer esta pergunta: qual é o seu signo?
Eu (um pouco surpreso) - Touro. Mas não acredito muito nisso.
Taxista - Pois olhe, devia. Nunca erra. E eu bem me pareceu que era touro.
Eu (sussurrando) - Devo ter uns cornos gigantes, eu...
Taxista - Desculpe? Não percebi.
Eu - Ah, desculpe. Estava a dizer que, erm, gostava muito de saber o porquê de achar isso.
Taxista - Dei-me muito bem consigo. E sabe, eu dou-me sempre bem com touros. Sou escorpião!
Eu (com o ar mais "and I care why?" de sempre) - Ahhhhh. Estou a ver.
Taxista - Aliás, assim que o vi percebi que era uma pessoa especial.
Eu - Erm, não sei se estou a compreender.
Taxista - Sabe, nota-se nos seus olhos que é uma pessoa profunda e que sabe o que quer da vida. Gosto de pessoas assim. Normalmente encantam-me.
Eu (sussurrando) - ... afinal até estou a compreender.
Taxista - Desculpe? O senhor fala muito baixo, sabia?
Eu - Estava dizer que me sinto muito lisonjeado. Mas, sabe, erm, é uma pena porque eu sou uma pessoa comprometida.
Taxista - Não faz mal. Ele não tem que saber.
Eu (já um pouco encavacado com esta situação) - Mas, erm, é uma, erm, mulher. Muito bonita. E ruiva! Muito ruiva! E, erm, tem olhos, verdes. Acho eu.
Taxista - Oh, e nunca quis experimentar nada de diferente?
Eu (completamente encavacado) - Eu?! Jamais! Sou demasiado hetero!!!
Taxista - Bom chegámos.
Eu - Pois, quanto lhe devo.
Taxista - São X euros. Quer uma factura?
Eu - Não é preciso.
Taxista - Mas não quer meeeeeesmo?
Eu - Não, não, deixe estar.
Taxista - Oh, os touros são tão adoravelmente teimosos.
Eu - Erm... ok. Dê-me lá a porra da factura, mas despache-se que estou a morrer de pressa.
Taxista - Aqui tem e até um dia destes.
Eu - Erm, certo.
*Marlon olha para a factura onde se pode ler "Gostei muito de te conhecer, rapaz dos olhos profundos. O meu número é Y"*
no mundo dos táxis (IX)
Taxista (com um severo sotaque russo) - Boa noite.
(...)
Eu (a tentar meter conversa com o taxista) - Então e é de onde?
Taxista - Moscovo, na Rússia.
Eu - Ah, nunca fui, mas gostava bastante de ir. Então e está cá há quanto tempo?
Taxista - Há 10 anos.
Eu - E gosta mais de cá estar ou na Rússia?
Taxista - É diferente. Portugal é melhor. As coisas não Rússia não funcionam. Aqui funcionam mal, mas funcionam.
Eu - Sim, é verdade. Então e veio-se embora na altura do Boris Iéltsin, certo?
Taxista (a fazer uma paragem brusca e a dar um pião no meio da Avenida da República) - NÃO ME FALE DESSA COISA! (vira-se para trás e ergue o punho na minha direcção) POR CAUSA DELE A MINHA FAMILÍA PASSA FOME E A MINHA MULHER VIROU $%&$#.
Eu (com muito receio, depois de um russo ter feito aquilo) - ... virou o quê?
Taxista - ... como é que se diz? Prostituta.
Eu - ... Ah. Então, erm... e o Putin?
Taxista (a berrar novamente e a carregar no acelerador) - ESSA COISA É UM ASSASSINO!!! É POR CAUSA DELE QUE...
Eu (tentando interromper e todo cagado de medo) - *cof cof*... desculpe, mas...
Taxista - QUE QUER?
Eu - Passámos a Avenida de Berna, era ali atrás.
*Taxista faz um peão e começa a conduzir em contra-mão em plena Avenida da República*
Eu (borrado de medo) - AI QUE O RUSSO É LOUCO!
Taxista (muito indignado) - $%#%#§£€@£!!!
Eu (com medo de o abordar) - ... desculpe?
Taxista - Estava a mandar vir com o GPS. (taxista dá um murro no GPS) #$#£§£#"!!!
Eu (terrificado) - ... podemos, erm, parar, erm, aqui?
Taxista - 9 euros e 80.
Eu (atira uma nota de 10 e sai a correr porta fora) - FIQUE COM O TROCO!
domingo, 1 de agosto de 2010
isto é poesia e tu não percebes.
Pergunta: «Acham bem a Endemol ter proibido cenas de beijos homossexuais nos MCA entre Nuno e Fábio ?» (começa maravilhosamente bem, com um português altamente esgrimido, como se nota)
Resposta: «eu volto a falar acho bem , sim pois porque as "crianças" e nos adulcentes ou pré-adulcentes nao temos de ver estas coisas já é suficiente a homosexxualidade que eles mostram nao é perciso tar a mostrar bejos !!! com bejos ou sem bejos é a mesma coisa sao homosexuais na mesma ! e para além disso nao tem piada nenhuma tar a ver bejos quanto mais de homosexuais!!»
... like really? O que raio é um adulcente? É que, muito sinceramente, a palavra soa-me mais a marca de adoçantes. Oh minha senhora, enquanto "adulcente", a menina deveria saber escrever. Já deve ter, pelo menos, o 6º ano, não? Ai não? Reprovou? A sério? Não percebo porquê.
Metam esta gente a ler. Depressa, por favor.
sexta-feira, 23 de julho de 2010
para recordar (XVI)
Eu (aos berros do WC com o chuveiro ligado) - Siiiimmmm?
Ela - Anda cá.
Eu - Não posso, estou a lavar a casota para dar à L.
Ela - Ok, então eu digo da cozinha. Olha, comprei-te uns boxers!
Eu (ainda aos berros) - Ai sim? E são giros?
Ela (ainda mais aos berros) - Sim, são justos para ficares todo apertadinho aí em baixo.
(*som do chuveiro a cair no chão*)
Ela - Que caiu?
Eu - Neste momento? A minha dignidade.
assustou-se um pouco quando foi à varanda, ao fim de uns bons meses...
É o que dá deixar uma mãe à solta durante meses.
para recordar (XV)
Eu (com ar chateado) - Ai mãe, já disse que não. Simplesmente tiraram-me o dinheiro de Paris que não estava à espera e fiquei com a conta a descoberto.
Ela (com ar condescendente) - Sabes bem que me podes contar...
Eu (com ar muito sério) - Ok, então eu digo a verdade. Se queres saber ando a vender armamento russo e aquilo deu para o torto.
Ela - Se vendesses armamento russo estarias rico e não a pedir-me dinheiro.
Eu - Tens razão, descobriste-me. Pois a verdade é que ando a traficar marfim da África Subsariana.
Ela - Isso não porque tu gostas demasiado de animais.
Eu (cada vez com menos ideias) - Erm... trafico heroína?
Ela - Por favor... Aí também estarias rico!
Eu (tentando ter piada) - Ok, então a verdade verdadinha, é que eu sou prostituto às noites e estou a dever dinheiro ao meu chulo. E assim se explica o porquê de eu raramente vir dormir a casa.
Ela (rindo-se descontroladamente) - Sim, claro.
Eu (com ar chateado) - Ora, porque te ris?
Ela - Ó filho, tu parvo como és nunca poderias ser prostituto. Esquecias-te sempre de cobrar.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
como é que se sabe quando se tem um "anger management issue"?
Adiante, em abono da verdade, estava profunda e profusamente irritado porque estava a pedir dinheiro que é coisa que, desde que me tornei praticamente independente, odeio. Especialmente quando é uma quantia ainda avultada. Não precisei do dinheiro que tinha pedido porque, (e ohmeudeus que com isto me tornei cristão ferrado!) sabe-se lá como, vieram dar-me dinheiro que ainda não me tinham dado do Natal nem dos meus anos. Acabei por conseguir suprimir o valor negativo que tinha no banco e ainda ter quase dinheiro para todas as dívidas.
Voltei a ficar manso.
quarta-feira, 14 de julho de 2010
está a descobrir que paris até o cansa.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
reformulação.
Hope you like it, e vão dando opiniões.
no mundo dos táxis (VIII)
Taxista - Com certeza. Mas olhe que eu não sei onde isso é.
Eu - Não há problema. Depois de passarmos a ponte eu indico o caminho.
(...)
Taxista - Então e gosta de viver na Margem Sul?
Eu - Sinceramente? Nem por isso. Vivo primordialmente em Lisboa e só vou à Margem Sul dormir, quando vou.
Taxista - Mas vive sozinho?
Eu - Erm... Não. Vivo com a minha mãe.
Taxista - Ah, mas já não tem pai?
Eu - Bom, tenho. Mas estão divorciados.
Taxista - Compreendo. E já são velhos?
Eu - Um pouco. Daqui a pouco batem a bota.
Taxista - Ah, mas isso é óptimo!
Eu - Desculpe?
Taxista - Bom, não é óptimo falecerem, claro. Mas é que, sabe, o meu irmão é dono de uma casa funerária aí na Margem Sul e, bom, assim sendo, olhe, fique com um cartão dele. Nunca se sabe quando poderá vir a dar jeito! Diga que vem da minha parte e ele dá-lhe um desconto. Ele é muito simpático e os preços são em conta. Além disso, como os seus pais já são velhos e como ainda é jovem e acredito que ainda não ganha bem, ambos ficam a lucrar com isto. Mas diga-me, ainda tem avós?
Eu (completamente perplexo) - Erm... erm... erm... tenho somente uma.
Taxista - Ah, é pena. Os meus pêsames. Mas olhe, se só já tem uma e acredito que já deva ser muito velha, também está quase a esticar o pernil. Assim o cartão até lhe dá jeito!
Eu - Erm... erm... erm... obrigado, creio.
(...)
Eu - Ora, então deixe-me aqui. Quanto lhe devo?
Taxista - Ora, são X. Mas como foi simpático não incluo a portagem na conta. Fica por minha conta.
Eu (ri-se) - É um desconto de morte!
Taxista (muito sério) - Desculpe, mas não achei piada. Não se fala assim tão levianamente da morte! É um assunto muito sério! Adeus e boa noite.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Pinturas estágio 3º
Bom, mas como em todas as pinturas naquela filha-da-mãe de Associação, há sempre uma música que se destaca. Em 2009, foi esta. A primeira vez de 2010 foi esta, muito graças à MC. Agora, temos esta, que, embora eu tente impingir, a L. não deixa porque lhe dá dores de cabeça. Vá-se lá perceber porquê. A I. gosta e isso basta-me.
uh!
A ver se mantenho este nível.
I thought I might just write a letter
Vírgula. 3 meses. Pausa célere. Diferença de orações. Previsível na continuação da frase.
Ponto. 3 meses. Acabou o parágrafo. Rasga a folha. Queima o discurso. Muda. Transforma. Deturpa. Novo pensamento. Renasce. Morre novamente.
Phrase, verse, and punctuation
quarta-feira, 16 de junho de 2010
blogs (II) (or "happy birthday to polaroids and cigarettes" version).
(só mesmo para continuar na onda de músicas optimistas para isto não ser um blog deprimente)
blogs.
Gosto de pensar que é ao contrário. Até ver, claro.
no mundo dos táxis (VII)
Taxista - Boa noite.
Eu - Era para, erm... olhe, leve-me para a Rua Sampaio Bruno, por favor.
Taxista - Tudo bem.
Eu - (*recebe um telefonema da L.) Então, tudo bem?
Taxista - (*não se apercebendo que eu estava ao telefone*) Bom, já tive dias melhores. E o senhor?
Eu - (*ainda ao telefone*) Olha, não sei. Mal, acho eu.
Taxista - Então, mas passa-se algo?
Eu - (*telefone*) Oh, sei lá, foi tudo tão rápido, tão inesperado. Sinceramente não estava mesmo nada à espera.
Taxista - Mas... quer falar?
Eu - (*telefone*) Oh sei lá. Só sei que fiquei completamente perplexo. Epá, podia-me ter dito muitas coisas: que estava farto de mim, que não aguentava com a vida que levo, que gostava de outra pessoa. Mas dizer-me que já não gostava de mim? Toda a gente diria que era ao contrário, no máximo. Não estava mesmo nada à espera disto dele.
Taxista - Dele? Ah, portanto, é "desses". Bom, eu não julgo. Sabe, eu tenho uma filha que também é...
Eu - (*telefone*) Pois está claro, mas estavas à espera do quê? Não se via logo?
Taxista - Bom, agora que fala nisso até se repara um bocadinho. Não que queira ofender, claro.
Eu - (*telefone*) Espera aí querida (*retira o telefone e fala para o taxista*) Ouça, eu não sei como lhe hei-de dizer isto de uma forma simpática mas, bom, eu não estava a falar consigo. Estava ao telefone.
Taxista - Ah. Pois. Desculpe...
Eu - (*volta a falar para o telefone*) Onde estávamos mesmo?
terça-feira, 8 de junho de 2010
strange among humans (II).
Ela 1 - Olá querida, está boa?
Ela 2 - Olá! Há tanto tempo... que é feito?
Ela 1 - Nada de especial. Trabalho, trabalho, casa, casa, marido, marido.
Ela 2 - Como eu a compreendo. Olhe, acabei com o #$%&$#.
Ela 1 (nitidamente embaraçada) - Então mas porquê? Ele era bastante simpático até.
Ela 2 - Traiu-me.
Ela 1 (ainda mais embaraçada) - Então mas como soube isso?
Ela 2 - Telefonaram-me, por chamada anónima.
Ela 1 (quase a gaguejar) - E sabe quem foi a galdéria?
Ela 2 - Não. Apenas disseram que me traia. Confrontei-o e ele admitiu, mas não me disse quem foi.
Ela 1 - Se calhar é melhor assim. Agora é esquecer e avançar na vida.
Ela 2 - Sim, tem toda a razão.
(*momento de pausa*)
Ela 1 - Então e o ...
Ela 2 (interrompe) - ... Eu sei que foste tu que o andaste a comer, cabra.
há várias coisas que me aborrecem, nomeadamente:
Mas porquê? Para onde foi o drama? Aquilo era demasiado bom. É que nem a Agatha Christie escreveria um policial tão bom.
2 - Não ter sido a música do Pingo Doce como música para o Festival da Eurovisão.
É que era desta que ganhávamos.
3 - Ter-se deixado de falar da possibilidade da Lady Gaga ser hermafrodita.
Das duas uma: ou ela tem duas genitálias ou então não percebo aquele nariz dela combinado com aquele cabelo.
4 - E o Bibi, ainda é vivo?
Olha que ele já não caminha para novo.
5 - Não perceber o porquê dos medicamentos terem sempre nomes demasiado estranhos.
Ben-u-ron? Really? Já agora Nicolau II, ou não? Não seria mais simplesmente chamá-lo "comprimido que tira a febre e, eventualmente, algumas dores e no caso específico do Marlon permite alucinações com coelhos em cima de professores de estatística ou do Monstro das Bolachas em plenos seminários".
6 - Não ouvir nenhum escândalo do Sócrates.
É que repare-se: é isso, ou ouvir que vamos todos morrer com Kwashiorkor devido à subnutrição. Valha-nos a malária que os gregos têm para além de nós.
7 - Continuar sem perceber o que é Ecologia Humana ao fim de um semestre sobre isso.
Mantenho-me que é a capacidade de usar bosta humana para mover carros.
8 - Ainda hoje não conseguir pronunciar Eyja*qualquer coisa*kull.
Também conhecido por filho-da-puta-do-vulcão-que-decidiu-produzir-cinzas-quão-modalidade-olímpica-de-traques-e-que-paralisou-a-merda-do-espaço-aéreo-europeu.
9 - Deixar de saber onde anda o Bush.
Perdeu-se um grande Presidente dos E.U.A. com capacidades metafóricas tão boas como "why can't men and fish coexist peacefully?". Isto é de homem que sabe o que diz.
10 - Deixar de ver o aspecto degradante da Britney Spears e a sua vagina.
O mundo precisa de saber que alguém fica com pior aspecto que ele quando decide ir sair para o Bairro/Trumps/Meter-se nos portos tónicos até cair para o lado.
domingo, 30 de maio de 2010
para recordar (XIV)
Ela 1 - Está bem. Vamos lá beber um.
Eu - Óptimo.
Ela 1 - Então e já conhece o meu filho?
Eu (*sussurrando*) - Um dia eu e tu temos que ter uma conversa sobre esta tua mania de me apresentares a toda a gente.
Ela 2 - Ah, este é que é o seu filho?
Ela 1 - Se não os trocaram na maternidade, então sim.
Eu (*sussurrando*) - Ou se não fui comprado a um casal de ciganos, ou se não fui encontrado num balde do lixo...
Ela 2 - Então este não.
Eu (*rindo-me*) - Ah malandra. Tens outro filho que não me apresentaste?
Ela 1 - Não, este é o meu único filho.
Eu (*sussurrando*) - Isso, diz exactamente isso em vésperas da minha irmã chegar.
Ela 2 - Não pode, o outro que eu vi, de costas, era bastante mais novo. Tinha ar de ter uns 20 anos.
Eu (*sussurando*) - Se eu ganhasse um euro por casa vez que me dão mais idade do que aquela que tenho...
Ela 2 - Era este. Ele agora está com a barba grande e parece mais velho.
Eu (*sussurrando*) - Ora aqui está outra frase com a qual enriqueceria.
Ela 1 - Mas é bonito, então.
Ela 2 - É não é?
Eu (*sussurrando*) - E agora é a parte em que diz que saio ao meu pai...
Ela 1 - É tal e qual o pai dele...
Eu (*sussurrando*) - Agora vai falar da minha inteligência...
Ela 1 - E é muito inteligente!
Eu (*sussurrando*) - ... e de como nunca passo tempo em casa.
Ela 1 - Mas o malandro é um vadio! Nunca passa tempo em casa.
Eu (*sussurrando*) - Estou a estranhar ainda não ter dito nada sobre ir trabalhar.
Ela 1 - Bom, vou voltar para o trabalho.
Eu (*parte-se a rir*) - Ai, que bom.
Ela 1 - Ouve lá, mas estás-te a rir do quê?
Eu - De quão estúpido sou. Deveria ter jogado no euromilhões. Acho que teria ganho.
no mundo dos táxis (VI)
Eu - Bom dia. Era para... a bem dizer não sei onde fica aquilo. É uma rua que sobe da Basílica da Estrela até Campo de Ourique.
Taxista - Domingox Xequeira?
Eu (*rindo-se um pouco*) - Capaz.
(passado um pouco)
Eu - Já estou um pouco farto de estar parado aqui.
Taxista - É. Ixto hoje extá demasiado extranho. Ainda não perxebi muito bem porquê.
Eu - É que, sejamos sinceros, já aqui estamos há 10 minutos.
Taxista - Dexculpe, extá-me a gozar?
Eu - Hun? Perdão?
Taxista - Eu vou perguntar xó maix uma vex: extá-me a gozar?
Eu - Desculpe mas não o percebo.
Taxista - Ouxa, eu xei que tenho pronúnxia, mas daí a gozar-me...
Eu - Hun? Mas por que raio haveria eu de o gozar? Por mim desde que cumpra bem o seu trabalho não tenho razões de queixa suas.
Taxista - Voxê não me minta! De repente comexou a axentuar os éxes e a gozar-me!
Eu - EU? Ah. Já o percebi. Não, sou simplesmente sopinha de massa.
Taxista - É o quê?
Eu - Esqueça. Finalmente isto está a andar decentemente.
(passa um pouco de tempo. marlon começa a adormecer)
Taxista (*lança um berro enorme e fino à menina!*) - AI MEU DEUXXXX!!!
Eu (*acorda e dá um salto no banco de trás*) - Que se passa? Batemos? Matou alguém?
Taxista (*com a, ainda, voz estridente de menina*) - O POMBO, O POMBO!
Eu (*aparvalhado com ar de quem acabou de adormecer*) - Mas que pombo?
Taxista - Eu matei um pombo! Nem dei por ele. Ximplexmente meteu-xe na minha frente.
Eu - Oh, por amor da santa! É um pombo.
Taxista - Max é uma vida xagrada para nosso xenhor jexux crixto.
Eu - Está a brincar certo?
Taxista - Com o pombo?
Eu (*tenta aproveitar a situação*) - Não, nada disso. O pombo para mim já é história passada. Podemos fazer um teste? Experimente dizer "a serpente samanta sibiliva à sombra das suas sósias cintilantes e sarcásticas".
Taxista (*com voz de macho*) - AH! AFINAL GOZAVA COMIGO!
Eu - E afinal não grita sempre com voz estridente. Fico aqui. Muito obrigado por tudo e aqui tem o seu dinheiro.
sábado, 22 de maio de 2010
andei 11 dias para ter os tomates para escrever isto aqui,
Volta. Tenho demasiadas saudades tuas.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
fuck you motherfucker.
Já disse que sou um ateu feroz?
erm, certo.
Claro que nada me chateia mais que ter perdido, por completo, um trabalho que tinha feito. Estou um pouco, como é que hei-de dizer?, fodido.
And that's all folks.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
no mundo dos táxis (V)
Taxista (*com ar desconfiado*) - Certo. (*liga o carro*)
Eu - Está tudo bem?
Taxista - Podia só ir lá fora espreitar o pneu e ver se está tudo bem?
Eu - Erm. Claro. Mas olhe que eu não percebo nada de mecânica.
Taxista - Não faz mal.
Eu (fora do táxi) - Não vejo nada.
Taxista (começa a arrancar o táxi e grita para outro taxista) - VISTE ZÉ? EU BEM DISSE QUE CONSEGUIA. DEPOIS LOGO ME PAGAS A APOSTA!
Eu (perplexo e fora do táxi) - Então... e... a travessa?»
no mundo dos táxis (IV)
«Eu - Boa noite, era para a margem sul, Corroios.
Taxista - Tudo bem, mas olhe que não sei onde isso fica.
Eu - Não se preocupe, eu indico-lhe o caminho assim que sairmos da ponte.
(...)
Taxista - Que idade é que tem?
Eu - Erm... tenho 20. Porquê?
Taxista - Pensei que tivesse mais.
Eu - Pois. Costumam achá-lo.
Taxista - Mas faz-me lembrar o meu filho.
Eu - Erm, isso é bom, não?
Taxista - Sim. Ele trabalha como técnico de informática. Estuda informática?
Eu - Não não. (*marlon inventa um curso à pressa para não ter de explicar o que é Ciência Política e Relações Internacionais*) Estudo Arquitectura.
Taxista - Ah, então é mais como o meu outro filho.
Eu - Ah sim? Estuda onde?
Taxista - Na Faculdade de Arquitectura. Se calhar conhece-o.
Eu - Não creio. Passo lá pouco tempo. Às vezes ainda me questiono se sei onde aquilo fica.
(...)
Taxista (na ponte) - Desculpe, hoje estou bastante mal.
Eu - Compreendo. Todos temos dias assim.
Taxista - Sabe, é que a minha mulher me deixou por um rapaz mais novo.
Eu - Pois, isso é complicado, realmente.
Taxista - E o meu filho, sabe, aquele de arquitectura, não lhe falo há anos. Roubou-me o dinheiro todo.
Eu - Pois, isso também é complicado. Há filhos que não sabem bem como ser filhos.
Taxista (a chorar) - Eu já pensei em me matar.
Eu (*olha para o lado, vê o carro a andar em ziguezagues*) - Mas repare, a vida é bela... (*carro aproxima-se da berma da ponte. marlon entra em pânico*) E há passarinhos.
Taxista - Há passarinhos?
Eu - Sim, há passarinhos. Foi a primeira coisa que me lembrei de dizer.
Taxista (continua a chorar fortemente) - Sabe, eu pensei em atirar-me desta mesma ponte.
Eu (*em grande pânico e a pôr as mãos à cabeça*) - ESPERE AÍ! JÁ LHE DISSE QUE TENHO VERTIGENS?
Taxista (*ainda a chorar*) - Eu também. Por isso é que não me consegui atirar.
Eu - Mas tentou mesmo?
Taxista - Sim.
Eu - Certoooo. Olhe, já saímos da ponte. Que bom que é pisar terra firme, não é?
(...)
Eu - Ora, posso ficar aqui. Muito obrigado. (*marlon atira uma nota de 20 e sai porta fora a correr*) FIQUE COM O TROCO.»
wtf?
Sinto-me ligeiramente famoso e sinto que deveria ponderar ter o blog privado. Há demasiada coisa deprimente aqui que não quero que as pessoas leiam.
domingo, 9 de maio de 2010
para recordar (XIII)
Eu (nitidamente pouco à vontade) - Mãe...
Ele - Não não. Mas não é o Marlon Brando, pois não?
Eu - *arfa* Não não. Seria um pouco complicado tendo em conta que ele já morreu.
Ele - Sim, mas ainda o viu. Tem o quê? 24 anos?
Eu (engasga-se a beber o café) - NÃO!
Ele - Desculpe. Eu tenho a mania de tirar anos às pessoas. 26?
Eu - NÃO!!!
Ele - Ok, desculpe-me mas não tem mais que 27.
Eu - Erm... eu tenho 21 anos acabados de fazer.
Ele - Ah.
Eu - Pois...
Ele - Ah.
Eu - Exacto.
Ele - Estou um pouco embaraçado.»
segunda-feira, 3 de maio de 2010
para recordar (XII)
«Ela - Olha, um dálmata.
Eu - Oh, c'mon. De todos os cães que podiam aparecer aqui tinha mesmo que ser um dálmata?
Dona do cão - PONGO, ANDA CÁ.
Eu - OH C'MONNN. Isto já é o karma a gozar comigo.
Criancinha a passear - Mãe, mãe. Olha o hipopótamo que te desenhei.
Eu - Desisto. Simplesmente desisto.»
Isto tudo tem história. Juro que tem.
sexta-feira, 30 de abril de 2010
no mundo dos táxis (III)
Taxista - Com certeza. Tem algum destino preferido?
Eu - Aquele que me levar mais depressa porque já estou atrasado e esta greve não ajuda em nada.
(...)
Taxista (a gritar) - VAI À MERDA! SAI-ME DA FRENTE, CABRÃO!
(marlon fica apavorado)
Eu - Erm... está tudo bem?
Taxista - Tenho sérios problemas com o tráfego.
Eu - Pois.
Taxista - Desculpe, mas sabe, fico mesmo irritado com bichas.
Eu (rindo-me entre os dentes) - Depende das bichas.
Taxista - Ai, eu odeio-as todas! Sejam elas grandes, pequenas. É que por causa delas atraso-me e não consigo ir para o outro lado.
Eu (soltando uma gargalhada) - Pois, é o problema de muita gente. Não consegue ir para o outro lado. E as bichas às vezes são tramadas com isso.
Taxista - Vê? Concorda comigo. Há uns tempos fiquei parado 3 horas numa bicha enorme!
Eu (rindo-se bastante) - 3 horas? Epá, isso é muito! Eu quando demoro 1 hora e tal já digo que começa a ser muito. Não que me queixe, claro!
Taxista - Ah, mas queixo-me eu! Eu tenho mais que fazer da vida...
Eu - ...meter-se noutras bichas?
Taxista - Não, uma chega-me por dia.
(...)
Eu - Adeus, muito obrigado e resto de bom trabalho. E, olhe, cuidado com as bichas que elas às vezes são chatas.
Taxista - Muito obrigado. E eu que o diga!»
segunda-feira, 26 de abril de 2010
vá, que esta é para ti.
E das sopas infantis do continente.
Feliz?
(não tentem, não perceberão)
fiz anos,
Estou a morrer de felicidade. (claro que também existem outras razões lá pelo meio que me estão a inchar de felicidade, mas deixarei isso para um post posterior.)
terça-feira, 20 de abril de 2010
no mundo dos táxis (II)
Eu - Boa noite. Estação de Entre Campos, por favor.
(...)
Taxista - Odeio os GPS! Odeio-o tanto. Por mim eram todos queimados. São coisas nojentas, sabia?
Eu - Pois, acredito. Não tenho um porque, erm, bom, não tenho carro.
Taxista - Compreendo. Sabe quem é que me deu este?
Eu - Como deve calcular, não.
Taxista - A minha mãezinha quando ainda era viva. E só o tenho por ela. Se não fosse isso já o tinha partido todo.
Eu (revira os olhos) - Ceeeeerto. Ora, pode-me deixar aqui. Quanto devo?
Taxista - São X euros.
Eu - Muito obrigado. Boa noite e resto de bom trabalho.
Taxista - Muito obrigado.
(marlon sai do carro. taxista estica a cabeça para fora)
Taxista (a gritar) - E NÃO SE ESQUEÇA: NUNCA DEITE FORA O GPS QUE A SUA MÃEZINHA LHE OFERECER!»
no mundo dos táxis (I)
Eu - Avenida D. Carlos I.
(passado um pouco)
Taxista - Entra, pá!
Ela (de fora do táxi) - Não, espero pelo autocarro.
Taxista - Já te disse para entrares.
(marlon fica um pouco perplexo com a situação)
Ela - Desculpe. Boa tarde.
Eu - Boa tarde.
Taxista - É a minha mulher.
Eu - Ah, vejo.
(marlon volta a ler o livro. mulher sai do carro)
Taxista - É uma filha da puta jeitosa.
Eu (engasga-se) - Pois...
Taxista - Este casamento já deveria ter acabado há muito tempo.
Eu - Sabe que todos os problemas se resolvem, certo?
Taxista -Este não.
Eu - Pois, às vezes as pessoas não querem é resolver os problemas.
Taxista - Tem toda a razão. Mas sabe ela embirra com tudo e muda de personalidade como se não fosse nada.
Eu - Como o percebo...
Taxista - Eu por mim acabava este casamento.
Eu - Sabe, às vezes as pessoas não acabam porque se sentem mais seguras assim.
Taxista - Tem razão.
(marlon volta para o livro. passa mais um pouco de tempo)
Taxista - Desculpe perguntar, mas é casado?
Eu (engasga-se totalmente) - NÃO!
Taxista - Ah, como falava tão amargamente de relações.
Eu - Pois, acabei uma há pouco tempo.
Taxista - Na realidade este é o meu quinto casamento.
Eu - Compreendo. Esta foi a minha quinta relação.
Taxista - Somos parecidos, não acha?
Eu - Erm... sim, pode-se dizer que sim. Ora, fico ali naquele sinal.
Taxista - Aqui?
Eu - Sim, pode ser. Quanto lhe devo?
Taxista - Nada! Fez de meu psicólogo, não paga nada.»
Agora sim compreendo o porquê de a minha irmã ter ido para psicologia. E dizia ela que era pelo prazer de ajudar. Yeah right. Com viagens à borla ainda me pergunto se escolhi o curso certo.
vou mudar este blog.
Hope you like it.
segunda-feira, 19 de abril de 2010
hoje pensei em criar um twitter.
Após isto, achei melhor dedicar-me a coisas mais úteis e largar o twitter para quem tem tempo para uma vida social.
domingo, 18 de abril de 2010
reunião de administração.
Creio que ambos temos problemas mal resolvidos.
fb.
Ele 2: Que novidade... Nunca tiveste outro estatuto, meu caro!»
OUCH?! C'UM CARALHO, OUCH!!!
i., foge.
«Factors that may increase episodes of sleep sex are alcohol, sleep deprivation or even sleep apnea and other sleep disruptions.»
Ora bem, tendo em conta que ando a beber como o Jorge Palma de tal forma que o meu fígado já deve ter o aspecto de uma bola de golfe e ando sem sexo há algum tempo (e deixei de o ter repentinamente), é caso para dizer: I., coloca-te a pau.
What a poor choice of words, now that I come to think about it.
i don't love you anymore, goodbye.
Isto leva-me a pensar que, possivelmente, a Natalie Portman persegue-me. Ela e a sua peruca cor-de-rosa, quão caniche francês dos anos '50. E isto está a tornar-se irritante.
Pior, tenho outra consideração a fazer: por que raio todos os filmes sobre break-ups envolvem personagens que, nitidamente, já não são adolescentes? Isto é, alguém me consegue explicar o porquê de em filmes lamechas todos eles terem 30 e picos anos? É que realmente isto leva-me a crer que chegarei aos 30 anos e ainda andarei a ter relações fugazes e a sofrer que nem um cão. Caniche, para combinar com a peruca da Natalie Portman. Por uma vez na vida, deveriam utilizar actores infantis ou pré-adolescentes nestes filmes. Assim era da forma que pensava que, quando tivesse 30 e tal/40 anos, seria uma pessoa estável emocionalmente.
E eis a foto da Natalie que tanto me incomoda:
quarta-feira, 14 de abril de 2010
on the bound.
Demorei três hora a ver um filme de uma hora e meia porque parava a cada música. Dói-me a barriga de tanto o ter feito. Cada cena do filme, cada objecto que passava, cada cigarro que puxava, cada golo que dava no vinho me fazia lembrar de ti.
E da cozinha em wengue.
Ai porra, se me lembrei de ti. De cata traço teu, de cada feição tua, de cada cara que fazia, de cada centímetro do teu corpo. Do quanto gostavas de mim, do quanto eu gostava de ti, de, foda-se, de tudo aquilo que gostava em ti. De como eras o pilar da minha vida.
Fugiste, como todos os outros fizeram. No fim não foste nem mais, nem menos, que todos os outros, que todos aqueles que me fizeram sofrer. Eras diferente. Serás sempre. Contigo via futuro. Futuro esse que me foi tirado debaixo dos pés sem notar, sem poder dizer que gostava ou deixava de gostar. Futuro esse que modificou e que não pude, nem deixaste!, fazer nada para o modificar. Mentira, foste diferente. Por ti fi-lo. Ininterruptamente durante uma hora, até me doer a barriga.
E agora, em casa da Laura, a ver mais um filme deprimente, agarrado a outra garrafa (sim, só assim adormeço), só penso em ti, em ter-te agarrado a mim uma última vez. Em puder ser uno contigo só mais uma vez. Quero-te. Quero-te de uma forma que nunca tive ninguém. E fugiste-me. Yet again.
"Então isto era o início da felicidade. E sempre me ocorreu que existisse mais. E nunca me ocorreu que aquilo não durasse para sempre. Que aquilo era A felicidade."
terça-feira, 16 de março de 2010
para recordar (XI)
Eu: Sim, entre outras coisas.
Ela: Que coisas?
Eu: Bom, sou também Presidente do Conselho Fiscal de uma Federação, bolseiro de investigação, estou aqui a fazer o estágio e, bom, sou estudante. Ah, e sou administrador predial.
Ela: Isso é que é o pior. Já fui uma vez e não me pagavam as quotas.
Eu: Been there done that. E o que fez para resolver isso? É que eu já tentei de tudo...
Ela: Mudei de prédio.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
para recordar (X)
Ela - Agora só falta um mascarado.
Eu - Sim, já me imagino no bar a gritar em voz estridente "GONÇALOOOOOOOO".
*pausa*
Eu - Oh, the irony.
para recordar (IX)
Ela - Não te preocupes. Hoje fiz-te uma sobremesa especial. Vais adorar!
Eu - Óptimo! O que é?
Ela - *escorrega e deixa cair o prato em cima da minha cara* Oh!
Eu - *enquanto me limpo* Ah, são morangos. Que bom.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
lost.
[e juro que não existirão pessoas vestidas à Sailoor Moon]
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
a week later.
a) Passar óptimas noites a conversar e beber muito vinho, enquanto se vê filmes com uma companhia maravilhosa;
b) Voltar a ler. Já li O Estrangeiro de Camus e agora estou-me a dedicar ao Tender is the night de Fitzgerald;
c) Poupar dinheiro. Numa semana consegui poupar 20 euros. Estou feliz. A continuar a este ritmo pode ser que consiga poupar algum até ao fim do ano lectivo para, imagine-se, não andar a morrer à fome durante as férias de Verão. É claro que este ponto exige um controlo imenso. Nada de ir a cafés e comer coisas que, apesar de óptimas são caras. Usar transportes públicos e renunciar aos táxis, por mais conveniente que seja usá-los às 2 da manhã em miratejo. Anda-se a pé e rezam-se 15 avé-marias durante o caminho até casa. E, claro, nada de comer fora. Levam-se sandes de casa e tupperwares que só faz é bem. E, a pior de todas e que mais me irá custar: não sair à noite;
d) Deitar-me cedo e a boas horas e acordar cedo. Por cedo entenda-se não mais que as 10. Ok, hoje foi excepção, mas também foi domingo;
e) Trabalhar para a AE que aquilo anda uma bandalheira. Hoje consegui organizar a porcaria do dossier da contabilidade. Dói-me a coluna toda à pala disso.
f) Afastar-me, gradualmente, da internet, a não ser para ver e-mails e dedicar-me à leitura. O mesmo serve para a televisão. Salvaguardam-se as excepções do Glee, Donas de Casa Desesperadas, Heroes e Dragon Ball Z.
E agora vou ler durante mais meia hora. Por volta da 1h30 da madrugada estarei a dormir e vou acordar às 6h30. Tenho aulinhas cedinho.
«People used to say what a wonderful father and daughter we were - they used to wipe their eyes. We were just like lovers - and then all at once we were lovers - and then minutes after it happened I could have shot myself - except I guess I'm such a God-damned degenerate I didn't have the nerve to do it."
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
les amours qui durent font des amants exsangues.
Depois de ontem* ter passado a madrugada toda a olhar para a tua foto. Depois de ter escrito aqui que o estava a fazer. Depois de ter passado a manhã toda a falar sobre ti. Depois de ter passado o dia todo a ouvir a OST do Les Chansons d'Amour e me imaginava, novamente, a cantá-la contigo, abraçado, e à espera de um comboio para Lisboa naquela estação infernal. Depois de ter pensado, seriamente, em apanhar um expresso para Coimbra ainda naquele dia, sem rumo qualquer, somente para te ver. Depois de, poucos dias antes, ter comentado que, caraças, ainda hoje estou apaixonado por ti. Depois de, já de tarde, após ter visto que não tinha dinheiro, ter voltado a pensar em cometer actos de pura loucura só para te ver, eis que recebo uma mensagem tua. Do nada. Completamente do nada.
«Cheguei agora a Lisboa, dentro em breve ao Chiado. Vai um café?»
Não a vi. Apenas a segunda que dizia: «Cheguei agora ao Chiado. Vou ficar por aqui, logo aqui e no máximo até às 7. Or so.»
Fui a correr ter contigo. Literalmente. E, porra, como estavas bonito. Estive o tempo todo a olhar para ti e a pensar "What are the odds of this happening?". Lembrei-me do que me fez ficar apaixonado a primeira vez por ti. Lembrei-me do teu cheiro que já quase tinha esquecido. Lembrei-me do teu cabelo. Lembrei-me de como sabia bem estar sentado ao teu lado e pensar que aquilo nunca mais terminaria. Lembrei-me do que era sentir borboletas no estômago por ver alguém. Lembrei-me do que era tremer como varas verdes de nervosismo ao ponto de quase parar a digestão. Lembrei-me de como me era impossível estar ao teu lado sem ter o desejo de te agarrar e gritar "Não vás. Fica, por favor!".
Não ficaste. Foste, outra vez, para Coimbra e é por lá que ficarás. Nem seria de outra forma. Mesmo assim ainda fiquei contigo até para lá das 7.
Passaram algumas horas e meteste conversa comigo por mensagem. Admitiste que ainda hoje estás apaixonado por mim, que te arrependes fenomenalmente de não conseguir ter uma relação, que darias tudo para conseguir (onde é que eu já ouvi isto mesmo? oh, wait, já me lembro). Dizes que vir para Lisboa não mudaria nada. Ou que talvez até mudaria. E mudaria muito. E o problema é esse: tu sabe-lo tão bem quanto eu que mudaria.
E, na altura destas mensagens, estava no braço de outra pessoa. Algo mais real, menos fantasioso. Sem qualquer tipo de emoção, contudo. E falta-me isso, admito.
«As-tu déjà aimé
pour la beauté du geste?
As-tu déjà croqué
la pomme à pleine dent?
Pour la saveur du fruit
sa douceur et son zeste
T'es tu perdu souvent?»
Diz-me que ainda te lembras disto e daquela tarde agarrados, na estação de comboios, a cantar isto. Tu eras o Gregoire. Eu o Louis, como sempre o fui para ti. Diz-me que não te esqueceste de todas aquelas vezes em que corrias uma cidade inteira para me ver 10 minutos. Diz-me que ainda te recordas da fantasia, das cartas escritas, dos cigarros fumados nas varandas ao som de Rufus Wainwright, das despedidas em estações, das carícias e das promessas de uma nova visita.
And the thing is: não te esqueceste. Nem eu. E que grande problema temos aqui!
*[Edit: apesar de estar a escrever o post dia 5, uma vez que já passa da meia-noite, façam de conta que ainda é dia 4.]
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
laço branco.
Ainda hoje não compreendo como deixaste de falar comigo de repente.
[Edit: O título tem uma mensagem subtil que, possivelmente, a I. perceberá.]
considerações gerais sobre a vida (IV)
2 - Obviamente a maratona de estudo deu mau resultado e tive de acabar por fazer 12 directas em Janeiro.
3 - Desde sexta que ando altamente melancólico. Nada que diga respeito a relações amorosas, claro.
4 - É desta que vou escrever um livro.
5 - Ando com o cérebro frito e com saudades da B.
6 - Entrei numa fase de contenção de despesas que só terminará quando encontrar um bom emprego.
7 - A propósito da 6 tive uma espécie de oferta de emprego a começar daqui a algum tempo. Não sei nada de ordenados, though.
8 - Apesar da 7 estou a pensar em ir para o estrangeiro quando acabar o curso. Quero mudar de ares.
9 - Sim, desde Domingo que decidi que queria mudar radicalmente a minha vida. Está a durar muito tempo esta resolução, contudo. Estou espantado.
10 - Outra coisa com a qual estou espantado é o facto de ainda não me ter constipado. Posto isto, vou apanhar uma constipação nos próximos dias. É o que acontece sempre que o digo.
hoje abri a janela da rua,
Saudades desses tempos.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
para recordar (VIII).
Eu - Estou bem.
Ele - Não. Como estás, mesmo?
Eu - Erm, estou bem, juro.
Ele - M., eu conheço-te. Como estás?
Eu - Para ser sincero estou na merda. Tenho demasiados exames, demasiados trabalhos, demasiado trabalho fora da faculdade, pouca vida social e a nível amoroso também não ando o suprassumo da barbatana. E ando tão stressado que, ao andar na rua, só me visualizo a esmagar crânios.
Ele - Certo... eu estava mesmo a perguntar como andavas de saúde.
Eu - Ah! Isso? Estou bem.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
considerações gerais sobre o estudo (V).
6: Demografia Social e Políticas Demográficas, 10h-12h (check)
7: Sociologia Política, 10h-12h (check)
8: Direito Constitucional Português, 14h-16h
11: trabalho de Estudos de Segurança sobre o Wahabbismo
13: Teoria das Relaçoes Internacionais, 10h-12h
14: História das Relações Internacionais (melhoria), 18h-20h
15: Territórios e Sociedades (melhoria), 10h-12h
Demografia Social e Políticas Demográficas (melhoria), 10h-12h
18: Métodos e Técnicas de Investigação (melhoria), 10h-12h
19: Análise Política Comparada (melhoria), 10h-12h
20: Direito Constitucional Português (melhoria), 14h-16h
21: Sociologia Política (melhoria), 10h-12h
Sim, isto é o meu calendário de exames/trabalhos. E, sim, apesar de ter várias melhorias (4 são do ano anterior que não as cheguei a fazer) eu vou-as fazer todas, excepto se tirar as notas que quero o que, tendo em conta o que já aconteceu até hoje, não me parece.
E não, tenho mais coisas fora isto. Sábado e Domingo, ou seja, 9 e 10, tenho ENDA em Braga, que é como quem diz tenho reuniões das 10 da manhã às 3 da madrugada.
Depois disto vou considerar em dormir. Até lá espero apanhar três esgotamentos.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
para recordar (VII).
Ela - Que remédio! Quem me mandou ter um filho aos 37 anos?
Eu - Ora aí está uma coisa bem dita.
Ela - E eu bem que não queria.
Eu - Mas admite, quando eu nasci viste a minha cara bonita e ficaste logo apaixonada.
Ela - Quando nasceste vi a tua placenta e vomitei-me.
encontrei chá preto!
preciso de café,
Na realidade cheguei a casa e pensei: "Vou beber um café porque tenho um exame amanhã, estou a morrer de sono e preciso urgentemente de acordar". Decidi ir ao café onde sou habitué. Estava fechado. Merda, agora fecha mais cedo! Volto então para casa e decido fazer um café. As hipóteses eram:
Café instantâneo - passou de prazo em 2006 (para ser sincero nem sei o que continuava a fazer ali o jarro);
Café moído que a minha mãe acidentalmente comprou porque, bom, eu não tenho máquina - ofereceu à vizinha;
Capuccino - não tinha passado de prazo mas estava contaminado com bichos nojentos;
Chá verde - passou de prazo em 12/2009. Pensei em beber, até notar que tinha cogumelos a nascerem nos sacos;
Vizinha - como é viciada em comprimidos para dormir, acabou por não me abrir a porta apesar de, 5 minutos antes, ter aberto a porta à minha mãe. Foi antes de tomar os medicamentos;
Encontrar alguma cafeína espalhada pelos armários - Resultou em encontrar três bagos de feijão catarino que, muito provavelmente são de 1987.
Portanto, estou sem café.
domingo, 3 de janeiro de 2010
para recordar (VI).
Ela - Porquê?
Eu - Estou na quarta década que presencio. Sinto-me velho.
Ela - Mas estás parvo?
Eu - Não. Repara: daqui a pouco tempo vou assentar, casar, ter três filhos e um peixinho dourado!
Ela - Desculpa?!
Eu - Não critiques. Filmes da época natalícia aumentam-me a febre paternalista.
primeira acção de 2010.
Conclusão, comecei as limpezas/arrumações/mudanças às 8 da noite do dia 1 de Janeiro e acabei às 3 da tarde do dia 2. E, sim, fiz directa para isto tudo. E, não, não parei. (ok, minto, vi dois episódios do Brothers and Sisters pelo meio e ainda bebi um café com a B.) Estou bastante satisfeito com o resultado. Já as minhas mãos dizem o contrário: mover uma estante com 400 Kg de uma ponta à outra do quarto, sem a conseguir arrastar, deram cabo de tudo o que era mão, músculo, osso, órgão e sanidade mental.
Parte interessante disto tudo: enquanto pegava na estante ao colo porque se a arrastasse ela tombava, só caíram duas coisas - a bíblia e uma moldura. A primeira caiu em bico no centro das minhas costas, vindo directamente da última prateleira. O que não deixa de ser irónico, though. A segunda caiu estatelada no chão partindo o vidro. Era uma moldura com uma fotografia minha. Não sei porquê, mas cheira-me que alguém me está a mandar algum sinal divino. Especialmente sendo ateu feroz.
[Edit: é estranho escrever 2010. Estou habituado a digitar dois 0's seguidos]