domingo, 30 de maio de 2010

para recordar (XIV)

Eu - Pagas-me um café?
Ela 1 - Está bem. Vamos lá beber um.
Eu - Óptimo.
Ela 1 - Então e já conhece o meu filho?
Eu (*sussurrando*) - Um dia eu e tu temos que ter uma conversa sobre esta tua mania de me apresentares a toda a gente.
Ela 2 - Ah, este é que é o seu filho?
Ela 1 - Se não os trocaram na maternidade, então sim.
Eu (*sussurrando*) - Ou se não fui comprado a um casal de ciganos, ou se não fui encontrado num balde do lixo...
Ela 2 - Então este não.
Eu (*rindo-me*) - Ah malandra. Tens outro filho que não me apresentaste?
Ela 1 - Não, este é o meu único filho.
Eu (*sussurrando*) - Isso, diz exactamente isso em vésperas da minha irmã chegar.
Ela 2 - Não pode, o outro que eu vi, de costas, era bastante mais novo. Tinha ar de ter uns 20 anos.
Eu (*sussurando*) - Se eu ganhasse um euro por casa vez que me dão mais idade do que aquela que tenho...
Ela 2 - Era este. Ele agora está com a barba grande e parece mais velho.
Eu (*sussurrando*) - Ora aqui está outra frase com a qual enriqueceria.
Ela 1 - Mas é bonito, então.
Ela 2 - É não é?
Eu (*sussurrando*) - E agora é a parte em que diz que saio ao meu pai...
Ela 1 - É tal e qual o pai dele...
Eu (*sussurrando*) - Agora vai falar da minha inteligência...
Ela 1 - E é muito inteligente!
Eu (*sussurrando*) - ... e de como nunca passo tempo em casa.
Ela 1 - Mas o malandro é um vadio! Nunca passa tempo em casa.
Eu (*sussurrando*) - Estou a estranhar ainda não ter dito nada sobre ir trabalhar.
Ela 1 - Bom, vou voltar para o trabalho.
Eu (*parte-se a rir*) - Ai, que bom.
Ela 1 - Ouve lá, mas estás-te a rir do quê?
Eu - De quão estúpido sou. Deveria ter jogado no euromilhões. Acho que teria ganho.

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