quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

para recordar (X)

Eu - É verdade, vou vestido à Navegante da Lua.
Ela - Agora só falta um mascarado.
Eu - Sim, já me imagino no bar a gritar em voz estridente "GONÇALOOOOOOOO".
*pausa*
Eu - Oh, the irony.

para recordar (IX)

Eu - Epá, hoje tive um dia de merda. Tudo me correu mal, desde partir atacadores, perder autocarros enquanto chovia a potes, ir contra postes, chegar atrasado a coisas importantes, apanhar funcionárias incompetentes e tropeçar no chão e cair na lama.
Ela - Não te preocupes. Hoje fiz-te uma sobremesa especial. Vais adorar!
Eu - Óptimo! O que é?
Ela - *escorrega e deixa cair o prato em cima da minha cara* Oh!
Eu - *enquanto me limpo* Ah, são morangos. Que bom.

anos 90 voltem, estão perdoados!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

lost.


Para quem não sabia, aqui fica o motivo da minha ausência. Mas vão, vão, vão (já estão convencidos ou deverei continuar a insistir?). Prometo que vai ser gira.


[e juro que não existirão pessoas vestidas à Sailoor Moon]

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

a week later.

Bom, uma semana depois de ter tido a epifania aqui já descrita brevemente, parece que está a resultar, em diversos pontos. Decidi voltar um pouco às minhas raízes. Isso inclui:

a) Passar óptimas noites a conversar e beber muito vinho, enquanto se vê filmes com uma companhia maravilhosa;

b) Voltar a ler. Já li O Estrangeiro de Camus e agora estou-me a dedicar ao Tender is the night de Fitzgerald;

c) Poupar dinheiro. Numa semana consegui poupar 20 euros. Estou feliz. A continuar a este ritmo pode ser que consiga poupar algum até ao fim do ano lectivo para, imagine-se, não andar a morrer à fome durante as férias de Verão. É claro que este ponto exige um controlo imenso. Nada de ir a cafés e comer coisas que, apesar de óptimas são caras. Usar transportes públicos e renunciar aos táxis, por mais conveniente que seja usá-los às 2 da manhã em miratejo. Anda-se a pé e rezam-se 15 avé-marias durante o caminho até casa. E, claro, nada de comer fora. Levam-se sandes de casa e tupperwares que só faz é bem. E, a pior de todas e que mais me irá custar: não sair à noite;

d) Deitar-me cedo e a boas horas e acordar cedo. Por cedo entenda-se não mais que as 10. Ok, hoje foi excepção, mas também foi domingo;

e) Trabalhar para a AE que aquilo anda uma bandalheira. Hoje consegui organizar a porcaria do dossier da contabilidade. Dói-me a coluna toda à pala disso.

f) Afastar-me, gradualmente, da internet, a não ser para ver e-mails e dedicar-me à leitura. O mesmo serve para a televisão. Salvaguardam-se as excepções do Glee, Donas de Casa Desesperadas, Heroes e Dragon Ball Z.

E agora vou ler durante mais meia hora. Por volta da 1h30 da madrugada estarei a dormir e vou acordar às 6h30. Tenho aulinhas cedinho.



«People used to say what a wonderful father and daughter we were - they used to wipe their eyes. We were just like lovers - and then all at once we were lovers - and then minutes after it happened I could have shot myself - except I guess I'm such a God-damned degenerate I didn't have the nerve to do it."

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

les amours qui durent font des amants exsangues.

What. are. the. odds?

Depois de ontem* ter passado a madrugada toda a olhar para a tua foto. Depois de ter escrito aqui que o estava a fazer. Depois de ter passado a manhã toda a falar sobre ti. Depois de ter passado o dia todo a ouvir a OST do Les Chansons d'Amour e me imaginava, novamente, a cantá-la contigo, abraçado, e à espera de um comboio para Lisboa naquela estação infernal. Depois de ter pensado, seriamente, em apanhar um expresso para Coimbra ainda naquele dia, sem rumo qualquer, somente para te ver. Depois de, poucos dias antes, ter comentado que, caraças, ainda hoje estou apaixonado por ti. Depois de, já de tarde, após ter visto que não tinha dinheiro, ter voltado a pensar em cometer actos de pura loucura só para te ver, eis que recebo uma mensagem tua. Do nada. Completamente do nada.

«Cheguei agora a Lisboa, dentro em breve ao Chiado. Vai um café?»

Não a vi. Apenas a segunda que dizia: «Cheguei agora ao Chiado. Vou ficar por aqui, logo aqui e no máximo até às 7. Or so.»

Fui a correr ter contigo. Literalmente. E, porra, como estavas bonito. Estive o tempo todo a olhar para ti e a pensar "What are the odds of this happening?". Lembrei-me do que me fez ficar apaixonado a primeira vez por ti. Lembrei-me do teu cheiro que já quase tinha esquecido. Lembrei-me do teu cabelo. Lembrei-me de como sabia bem estar sentado ao teu lado e pensar que aquilo nunca mais terminaria. Lembrei-me do que era sentir borboletas no estômago por ver alguém. Lembrei-me do que era tremer como varas verdes de nervosismo ao ponto de quase parar a digestão. Lembrei-me de como me era impossível estar ao teu lado sem ter o desejo de te agarrar e gritar "Não vás. Fica, por favor!".

Não ficaste. Foste, outra vez, para Coimbra e é por lá que ficarás. Nem seria de outra forma. Mesmo assim ainda fiquei contigo até para lá das 7.

Passaram algumas horas e meteste conversa comigo por mensagem. Admitiste que ainda hoje estás apaixonado por mim, que te arrependes fenomenalmente de não conseguir ter uma relação, que darias tudo para conseguir (onde é que eu já ouvi isto mesmo? oh, wait, já me lembro). Dizes que vir para Lisboa não mudaria nada. Ou que talvez até mudaria. E mudaria muito. E o problema é esse: tu sabe-lo tão bem quanto eu que mudaria.

E, na altura destas mensagens, estava no braço de outra pessoa. Algo mais real, menos fantasioso. Sem qualquer tipo de emoção, contudo. E falta-me isso, admito.


«As-tu déjà aimé
pour la beauté du geste?
As-tu déjà croqué
la pomme à pleine dent?
Pour la saveur du fruit
sa douceur et son zeste
T'es tu perdu souvent?»

Diz-me que ainda te lembras disto e daquela tarde agarrados, na estação de comboios, a cantar isto. Tu eras o Gregoire. Eu o Louis, como sempre o fui para ti. Diz-me que não te esqueceste de todas aquelas vezes em que corrias uma cidade inteira para me ver 10 minutos. Diz-me que ainda te recordas da fantasia, das cartas escritas, dos cigarros fumados nas varandas ao som de Rufus Wainwright, das despedidas em estações, das carícias e das promessas de uma nova visita.

And the thing is: não te esqueceste. Nem eu. E que grande problema temos aqui!


*[Edit: apesar de estar a escrever o post dia 5, uma vez que já passa da meia-noite, façam de conta que ainda é dia 4.]

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

laço branco.

Estou há 3 horas a olhar para a tua foto no myspace e a única coisa que me passa pela cabeça é algo como "merda, o que eu daria para te beijar novamente".

Ainda hoje não compreendo como deixaste de falar comigo de repente.


[Edit: O título tem uma mensagem subtil que, possivelmente, a I. perceberá.]

considerações gerais sobre a vida (IV)

1 - O semestre não me correu de todo mal. Poderia ter corrido melhor se tivesse tido mais tempo para estudar/trabalhar tudo o que queria.

2 - Obviamente a maratona de estudo deu mau resultado e tive de acabar por fazer 12 directas em Janeiro.

3 - Desde sexta que ando altamente melancólico. Nada que diga respeito a relações amorosas, claro.

4 - É desta que vou escrever um livro.

5 - Ando com o cérebro frito e com saudades da B.

6 - Entrei numa fase de contenção de despesas que só terminará quando encontrar um bom emprego.

7 - A propósito da 6 tive uma espécie de oferta de emprego a começar daqui a algum tempo. Não sei nada de ordenados, though.

8 - Apesar da 7 estou a pensar em ir para o estrangeiro quando acabar o curso. Quero mudar de ares.

9 - Sim, desde Domingo que decidi que queria mudar radicalmente a minha vida. Está a durar muito tempo esta resolução, contudo. Estou espantado.

10 - Outra coisa com a qual estou espantado é o facto de ainda não me ter constipado. Posto isto, vou apanhar uma constipação nos próximos dias. É o que acontece sempre que o digo.

hoje abri a janela da rua,

e lembrei-me de comboios e do teu cheiro.


Saudades desses tempos.