Eu - Boa noite. Era para Corroios, se faz favor.
Taxista - Com certeza. Mas olhe que eu não sei onde isso é.
Eu - Não há problema. Depois de passarmos a ponte eu indico o caminho.
(...)
Taxista - Então e gosta de viver na Margem Sul?
Eu - Sinceramente? Nem por isso. Vivo primordialmente em Lisboa e só vou à Margem Sul dormir, quando vou.
Taxista - Mas vive sozinho?
Eu - Erm... Não. Vivo com a minha mãe.
Taxista - Ah, mas já não tem pai?
Eu - Bom, tenho. Mas estão divorciados.
Taxista - Compreendo. E já são velhos?
Eu - Um pouco. Daqui a pouco batem a bota.
Taxista - Ah, mas isso é óptimo!
Eu - Desculpe?
Taxista - Bom, não é óptimo falecerem, claro. Mas é que, sabe, o meu irmão é dono de uma casa funerária aí na Margem Sul e, bom, assim sendo, olhe, fique com um cartão dele. Nunca se sabe quando poderá vir a dar jeito! Diga que vem da minha parte e ele dá-lhe um desconto. Ele é muito simpático e os preços são em conta. Além disso, como os seus pais já são velhos e como ainda é jovem e acredito que ainda não ganha bem, ambos ficam a lucrar com isto. Mas diga-me, ainda tem avós?
Eu (completamente perplexo) - Erm... erm... erm... tenho somente uma.
Taxista - Ah, é pena. Os meus pêsames. Mas olhe, se só já tem uma e acredito que já deva ser muito velha, também está quase a esticar o pernil. Assim o cartão até lhe dá jeito!
Eu - Erm... erm... erm... obrigado, creio.
(...)
Eu - Ora, então deixe-me aqui. Quanto lhe devo?
Taxista - Ora, são X. Mas como foi simpático não incluo a portagem na conta. Fica por minha conta.
Eu (ri-se) - É um desconto de morte!
Taxista (muito sério) - Desculpe, mas não achei piada. Não se fala assim tão levianamente da morte! É um assunto muito sério! Adeus e boa noite.
Taxista - Com certeza. Mas olhe que eu não sei onde isso é.
Eu - Não há problema. Depois de passarmos a ponte eu indico o caminho.
(...)
Taxista - Então e gosta de viver na Margem Sul?
Eu - Sinceramente? Nem por isso. Vivo primordialmente em Lisboa e só vou à Margem Sul dormir, quando vou.
Taxista - Mas vive sozinho?
Eu - Erm... Não. Vivo com a minha mãe.
Taxista - Ah, mas já não tem pai?
Eu - Bom, tenho. Mas estão divorciados.
Taxista - Compreendo. E já são velhos?
Eu - Um pouco. Daqui a pouco batem a bota.
Taxista - Ah, mas isso é óptimo!
Eu - Desculpe?
Taxista - Bom, não é óptimo falecerem, claro. Mas é que, sabe, o meu irmão é dono de uma casa funerária aí na Margem Sul e, bom, assim sendo, olhe, fique com um cartão dele. Nunca se sabe quando poderá vir a dar jeito! Diga que vem da minha parte e ele dá-lhe um desconto. Ele é muito simpático e os preços são em conta. Além disso, como os seus pais já são velhos e como ainda é jovem e acredito que ainda não ganha bem, ambos ficam a lucrar com isto. Mas diga-me, ainda tem avós?
Eu (completamente perplexo) - Erm... erm... erm... tenho somente uma.
Taxista - Ah, é pena. Os meus pêsames. Mas olhe, se só já tem uma e acredito que já deva ser muito velha, também está quase a esticar o pernil. Assim o cartão até lhe dá jeito!
Eu - Erm... erm... erm... obrigado, creio.
(...)
Eu - Ora, então deixe-me aqui. Quanto lhe devo?
Taxista - Ora, são X. Mas como foi simpático não incluo a portagem na conta. Fica por minha conta.
Eu (ri-se) - É um desconto de morte!
Taxista (muito sério) - Desculpe, mas não achei piada. Não se fala assim tão levianamente da morte! É um assunto muito sério! Adeus e boa noite.
4 instantâneas:
HAHAHAHAH! Bipolar, much?
não pude deixar de soltar uma enorme gargalhada! surreal!
LOOL Vaguear na net a estas horas = Hilariante. Muito bom.
Carlos: Possivelmente, possivelmente.
m: Obrigado! E não é assim tãoooo surreal.
Sara: Obrigado Sara. Espero que voltes a ver o blog.
Enviar um comentário