Estou há semanas a cogitar na maneira correcta de escrever aqui um post sobre ti. Já escrevi alguns textos (meramente curtos com referências pessoais) para ti, mas nunca sobre a tua pessoa. Queria escrever algo que te descrevesse, em que tu te revesses quando lesses ou eu próprio te recordasse. Não consigo. Não só não tenho vernáculo para isso como me relembro que escrever sobre alguém é limitar essa mesma pessoa na sua plenitude.
Poderia falar sobre a tua personalidade? Pois está claro. Mas, sejamos realistas, qual seria a piada que tal teria? Inflacionar-te-ia até um tal ponto que parecias alguém sem defeitos quando, obviamente, os tens. Além do mais, tal descrição sofreria de uma parcialidade extrema, pois dedicaria grande parte, senão totalidade, do espaço literário às características (quer positivas como negativas) que mais me aprazem/incomodam.
Poderia falar de ti fisicamente? Também. Embora, caso o fizesse, estar-te-ia a reduzir a um objecto de admiração estética e, certamente, não é isso que quero fazer passar. Por maior que seja a tua beleza, não és um quadro que merece ser apreciado a distância segura.
Poderia falar do sentimento que tenho por ti? Ora aí está algo que nunca faria. Enoja-me especificar um sentimento, por mais preciso que seja (que nunca o é) de uma pessoa. A inconstância emocional provocar-me-ia repulsa ante a deslocação do pathos para outro campo totalmente simétrico ou, no mínimo, para um estado latente e suspenso. Penso logo existo. Mas quem, como eu, racionaliza as emoções, percebe que sentir é também existir. Ora existe-se de várias formas, conforme o que se pensa. Não é linear que hoje exista sobre um prisma que terá que se manter imutável amanhã.
Poderia falar sobre alguma peripécia contigo? Poderia, claro. E, no fundo, não é isso que faço? Agora explica-me: até que ponto estarei a falar sobre ti, por mais descritiva da tua pessoa seja a situação?
E, como antes, antevejo a impossibilidade de escrever algo que seja. Gostaria que fosse belo, mas, no fim, saiu esta regurgitada cyboresca e matemática do que deveria ser algo absolutamente emocional e fluido.
Resta-me, então, pedir-te desculpas por ainda não te ter escrito o post que ando há demasiado tempo para redigir. Falta-me liberdade para o fazer. Tentarei mais tarde. Até lá, resta-me dizer que te quero comigo. Aqui, agora e amanhã. Para sempre não que é muito tempo.
Poderia falar sobre a tua personalidade? Pois está claro. Mas, sejamos realistas, qual seria a piada que tal teria? Inflacionar-te-ia até um tal ponto que parecias alguém sem defeitos quando, obviamente, os tens. Além do mais, tal descrição sofreria de uma parcialidade extrema, pois dedicaria grande parte, senão totalidade, do espaço literário às características (quer positivas como negativas) que mais me aprazem/incomodam.
Poderia falar de ti fisicamente? Também. Embora, caso o fizesse, estar-te-ia a reduzir a um objecto de admiração estética e, certamente, não é isso que quero fazer passar. Por maior que seja a tua beleza, não és um quadro que merece ser apreciado a distância segura.
Poderia falar do sentimento que tenho por ti? Ora aí está algo que nunca faria. Enoja-me especificar um sentimento, por mais preciso que seja (que nunca o é) de uma pessoa. A inconstância emocional provocar-me-ia repulsa ante a deslocação do pathos para outro campo totalmente simétrico ou, no mínimo, para um estado latente e suspenso. Penso logo existo. Mas quem, como eu, racionaliza as emoções, percebe que sentir é também existir. Ora existe-se de várias formas, conforme o que se pensa. Não é linear que hoje exista sobre um prisma que terá que se manter imutável amanhã.
Poderia falar sobre alguma peripécia contigo? Poderia, claro. E, no fundo, não é isso que faço? Agora explica-me: até que ponto estarei a falar sobre ti, por mais descritiva da tua pessoa seja a situação?
E, como antes, antevejo a impossibilidade de escrever algo que seja. Gostaria que fosse belo, mas, no fim, saiu esta regurgitada cyboresca e matemática do que deveria ser algo absolutamente emocional e fluido.
Resta-me, então, pedir-te desculpas por ainda não te ter escrito o post que ando há demasiado tempo para redigir. Falta-me liberdade para o fazer. Tentarei mais tarde. Até lá, resta-me dizer que te quero comigo. Aqui, agora e amanhã. Para sempre não que é muito tempo.
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